Observação: Desde já avisamos que as opiniões, rezas, cantos e demais detalhes da religião sempre irão variar de casa para casa, então solicitamos sua compreensão e, caso perceba um desacordo, entre em contato conosco para sempre nos aperfeiçoamos.
Em 1908, o jovem Zélio Ferdinando de Morais estava com 17 anos e havia concluído o equivalente ao 2º grau.
Se preparava para ingressar na Escola Naval quando alguns fatos estranhos começaram a acontecer.
Algumas vezes ele assumia a postura de um velho, falando coisas aparentemente desconexas, como se fosse outra pessoa e houvesse vivido em outra época, e em outras vezes se parecia com uma pessoa que conhecia os segredos das plantas e dos animais. Estes fatos logo chamaram a atenção da família, principalmente pelo ingresso na Marinha. Os “ataques” se repetiam com mais intensidade, e recorreu-se ao médico Epaminondas de Morais, também da família e diretor do hospício de Vargem Grande.
Após examinar e observar Zélio por vários dias, encaminhou-o à família dizendo que a loucura não se enquadrava em nada que ele conhecia, ponderando ainda o encaminhamento a um padre, pois o garoto parecia estar endemoniado. Como na maioria das famílias ricas da época, havia um padre católico na família. Através deste sacerdote foi realizado um exorcismo para livrá-lo daqueles “ataques”. Mas nem este nem outros dois exorcismos conseguiram dar à família Morais o tão desejado sossego. A partir daí a família passou a procurar toda e qualquer informação que trouxesse esperança de melhora.
Um dia alguém sugeriu que isso poderia ser mediunidade, e que seria melhor encaminhá-lo para a recém fundada Federação Kardecista de Niterói, presidida pelo Sr. José de Souza, chefe de um departamento da Marinha. Zélio foi conduzido no dia 14 de novembro de 1908 ao Sr. José de Souza, médium vidente que interpelou o espírito manifestado no jovem, sendo este o aproximado diálogo:
José: Quem é você que ocupa o corpo deste jovem ?
Espírito: Sou apenas um caboclo brasileiro, e esta faltando algo nesta mesa, o mesmo se levantou e apanhou uma rosa que se encontrava próxima e a colocou ao centro da mesa.
J: Você se identifica como caboclo, mas o vejo em vestes clericais (de padre)
E: O que vê em mim são restos de uma existência anterior. Fui padre, meu nome era Gabriel Malagrida e acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da Inquisição por prever o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas em minha última encarnação Deus me deu o privilégio de nascer como caboclo brasileiro.
J: Qual seu nome ?
E: Se é preciso que tenha um nome, digam que sou Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não existirão caminhos fechados. Venho trazer a Umbanda, uma religião que harmonizará as famílias e que há de perdurar até o final dos séculos.
No desenrolar desta entrevista, José de Souza teria perguntado se já não haviam religiões suficientes, citando o espiritismo já praticado. A resposta: “Deus, em sua infinita bondade estabeleceu na morte o grande nivelador universal. Mas vocês, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, querem levar isso além da barreira da morte (na época só se manifestavam em sessões espíritas do Kardecismo aqueles que eram letrados em vida, enquanto entre os negros, somente a louvação ao orixá, sendo qualquer outra manifestação de incorporação tido esta entidade ou orixá como EGUN para as religiões africanas). Porque não podem nos visitar os humildes trabalhadores do espaço, mesmo não sendo pessoas importantes na Terra ? Porque não aos caboclos e aos pretos velhos ? Acaso eles não foram filhos do mesmo Deus ?”
A seguir fez várias revelações, confirmadas (incluindo a Segunda Guerra Mundial e a Bomba de Hiroshima). Seguiu dizendo: “Na casa onde mora meu aparelho haverá uma mesa posta, e toda entidade que queira ou precise manifestar-se, independente do que foi em vida, será ouvida, e aprenderemos com os que souberem mais, e ensinaremos àqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas pois esta é a Vontade do Pai!.
Desta forma, em São Gonçalo das Neves perto de Niterói, na sala de jantar da família Morais, um grupo de curiosos kardecistas compareceram para ver como seriam estas incorporações, para eles indesejáveis e injustificáveis. A primeira entidade a vir em terra foi Pai Antônio, preto velho que havia sido escravo. Esta entidade parecia tão pouco à vontade que despertou um profundo sentimento de compaixão dos presentes. Perguntado porque não se sentava à mesa, respondeu: “Nego não senta não, meu sinhô, fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco i nego deve arrespeitá”. Quando os presentes muito insistiram, ele disse: “Num carece preocupá não, nego fica no toco que é lugar de nego”. Ante a humildade de tão iluminada entidade, perguntaram se ele sentia falta de algo que havia deixado na Terra, e ele respondeu: “Minha cachimba, nego quê o pito que deixou no toco… manda moleque buscá”, e no trabalho seguinte vários cachimbos foram levados à sessão.
E assim, no dia 15 de novembro de 1908, na tenda Nossa Senhora da Piedade em Niterói Rio de Janeiro, por um preto velho escravo foi fundada nossa religião, fundamentada nas bases do Amor, Caridade e Humildade.
Retirado do Livro “Umbanda, a Magia da Paz”
Quando os africanos chegaram ao Brasil, na condição de povo dominado, ou escravizado, pelo regime português, encontraram aqui os jesuítas e foram obrigados a praticar o catolicismo. Como possuíam um culto próprio, o Candomblé, sincretizaram através das imagens dos santos da Igreja Católica os Orishás do Candomblé. Tal prática ficou tão intimamente ligada aos nossos costumes que nos dias de hoje quase não conseguimos separar uma coisa da outra, tão grande foi o período desse sincretismo, ou modo de dar continuidade aos cultos negros, tendo esse sincretismo religioso não só atingindo o Candomblé, como a própria Umbanda.
* Salientamos que embora haja o sincretismo na Umbando com os Orixas do Camdomblé, a grande diferença desta para o Camdomblé, é que os cantos na Umbando são em português, e o Camdomblé usa a lingua “YORUBA” para louvar os Orixás.
Assimilando as virtudes e características dos Santos Católicos aos próprios santos de seus cultos, assim ficou caracterizado:
Ogum: São Jorge*(Senhor da Gerra)
Oxossi: São Sebastião*(Senhor da Caça e da Fartura)
Obaluaê: São Roque (Senhor da Doença)
Omolu: São Lázaro (Senhor das Almas)
Oxum: Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Senhora das Águas Doces)
Iemanjá: Nossa Senhora dos Navegantes*(Senhora das Águas do Mar)
Iansã: Santa Bárbara (Senhora dos Ventos)
Nanã: Santa Ana (Mãe de Todos)
Xangô: São Jerônimo (Senhor da Justiça)
Oxalá: Menino Jesus (Jesus Cristo)
* Dependendo da regionalização, Oxossi é considerado São Jorge e Ogum Santo Antonio, principalmente no Rio de Janeiro e Bahia. Iemanjá também é louvada como Nossa Senhora das Candeias, como citado anteriormente, dependendo da regionalização.
Aproveitando-se do espaço, segue abaixo uma lista com o sincretismo dos outros santos que compõe o Candomblé, não sendo estes cultuados dentro da Umbanda.
Oshumarê: São Bartolomeu (Não é cultuado na Umbanda)
Iroko: São Francisco (Não é cultuado na Umbanda)
Logun-Odé: Santo Expedito ou São Miguel Arcanjo (Não é cultuado na Umbanda)
Obá: Santa Joana D´Arc (Não é cultuado na Umbanda)
Ewá: Santa Luzia (Não é cultuado na Umbanda)
Oshalaguian: Menino Jesus (Não é cultuado na Umbanda)
Oshalufan: Jesus Cristo (Não é cultuado na Umbanda)
Oxalá, Oshalaguian e Oshalufan, é representado pelas fases de vida de Jesus Cristo.
* Não está aqui no sincretismo o nome de ZAMBI, que na Umbanda é Deus, o criador de tudo, e Oxalá que é seu filho, vale lembrar também que embora haja Orixás não cultuados na Umbanda, os mesmos estão em outras linhas (Santa Joana D’Arc é uma linha de Iansã)
Esta casa mantém como festas comemorativas na Umbanda:
Festa da cigana Rosa Funda – 07 de fevereiro
Festa da Pombo Gira Franchesca – 27 de fevereiro
Festa de Ogum e do Caboclo Pisa N’Areia – 21 de abril
Festa dos Pretos Velho – 13 de maio
Festa do Exu Asa Negra – 24 de junho
Festa em Louvor a São Cosme, São Damião e Doun – Penúltimo domingo do mês de setembro
As festas comemorativas do Candomblé são:
Junho – Festa do Ogum
Outubro – Ipeté da Oxum.
Homenagens e outros eventos:
26/05/2011 – Prêmio Mamaetu Namboazaze recebido por Iyalorixá Nathalia de Oxum na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
11/08/2011 – Comenda Tata Pérsio de Ayra recebido pelo Babalaô Raul Pacheco na Assembléia Legislativa do estado de São Paulo
Este hino por muitos conhecido, cantado ou até mesmo escutado, é uma canção que fala em amor e paz, nos estremece o fundo da alma em emoções que infelizmente muitos desconhecem sua origem. Por este motivo vamos falar sobre como surgiu esta obra prima.
O Hino da Umbanda foi composto na década de 60, por José Manoel Alves, um cego que em busca de sua cura foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Embora não tenha conseguido a cura por ser sua cegueira cármica, ficou apaixonado pela religião e escreveu uma canção para mostrar que poderia ver o mundo e nossa religião de outra maneira. Apresentou a composição ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto que resolveu apresentá-la como Hino da Umbanda, o qual em 1961, no 2º Congresso de Umbanda, foi oficializado para todo o Brasil, a letra foi musicada por Dalmo da Trindade Reis.
É importante saber que em sinal de amor e respeito pela religião coloca-se a mão direita sobre o peito e na ultima estrofe, retira-se a mão do peito e ergue emitindo a luz que emana de nossa força mediúnica e que, como para qualquer hino, não se deve bater palmas ao final de sua execução, as palmas acontecem quando saudamos a Umbanda.
Refletiu a Luz Divina
Com todo seu esplendor
É do Reino de Oxalá
Onde há paz e amor.
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo Iluminar.
A Umbanda é paz e amor,
É um mundo cheio de luz,
É a força que nos da vida
E a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro
A bandeira de Oxalá!
Foi Zambi quem criou o mundo
o ele pode governar Foi Zambi quem criou As estrelas que iluminam A Umbanda e todos os Orixás Ôke, ôke, ôke Ôke meus caboclos Okê |
Quem quiser chegar a Zambi Tem que ser da nossa Umbanda Tratar sempre com respeito Todo o povo de Aruanda A casa de Zambi é grande, para todos têm lugar Suas portas estão abertas Para quem quiser entrar Entrando no Templo de Umbanda Com todo respeito faça suas preces Concentre o seu pensamento nas forças divinas em frente ao Congar Não mexa em coisas sagradas Respeite a Umbanda de Pai Oxalá |
Ô Salve Pemba, Também salve a toalha Salve a coroa e de nosso Zambi é maior |
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Tem Pena dele Zambi, tenha dó Ele é seu filho, Zambi tenha dó |
Oxalá (Jesus) é o filho de Zambi (Deus), o segundo maior orixá da Umbanda, e também como Zambi, não há sua incorporação ou mesmo filhos deste orixá como no candomblé, que possui, duas diferentes identificações para Oxalá, ou seja Oxalá moço e guerreiro (Oxaguiã) e Oxalá velho (Oxalufã), sua saudação é com o braço esquerdo curvado às costas e o direito levantado e a mão aberta e ao dizer “Salve Oxalá”, responde-se “Oxalá hé meu Pai”. |
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Oxalá meu pai, Tenha pena de nós tenha dó Se as voltas do mundo é grande Seus poderes são maiores Com maleme ê Com maleme á Com maleme salve As pembas de Oxalá |
Ó linda jornada Oxalá nos ordenou Faça alegria aos homens, cantando o hino do amor Eles vem revoando e os caboclos acenando Cantem com muita alegria hoje e sempre todo o dia |
Pombinho branco, mensageiro de Oxalá Vai, leva essa mensagem Ao meu Jesus de coração E diz que somos soldados de Umbanda que marchando em seu calvário carregando a nossa cruz. |
Meu pai, caminhai com nós agora Somos seus filhos pequeninos A nossa missão é tão grande O valei-nos Nossa Senhora O valei-nos Jesus Menino |
Oxalá andou, andou o mundo inteiro Foi pedir licença a Zambi Pra abençoar nosso terreiro |
Ô da licença meu pai Oxalá Ô da licença minha mãe Yemanjá Meu pai é o rei do céu Minha mãe é a rainha do mar |
Abre a porta gente Que aí vem Jesus Ele vem cansado com o peso da cruz Vem de porta em porta Vem de rua em rua Carregando a cruz sem culpa nenhuma |
Jesus Cristo é nosso pai (Aruê aruá) É filho da Virgem Maria (Aruê aruá) E lá do alto do calvário (Aruê aruá) É a estrela que nos guia (Aruê aruá) |
Passando em Nazaré Aonde Cristo abençoou suas ovelhas Olhai Senhor por aqueles que ficou Olhai Senhor Pelo tempo que passou em Nazaré |
Sexta-feira visto o branco em louvor a Oxalá Valei-me Senhor do Bonfim Valei-me meu Orixá Orixalá Orixalá, venha comigo irmão Vamos juntos louvar o Senhor do Bonfim É o nosso pai Oxalá Vamos juntos louvar no dialeto Nagô Venha vestido de branco Louvar o nosso senhor Oxaguiã, Oxalufan, Babalaô, Orixalá aê Oxaguiã, Oxalufan, Oxalufan, Oxaguiã, Orixalá babá aê |
Quem pode mais Quem pode mais É Deus! Jesus, Maria e José |
Oxalá Mimi… Oxalá Guia Oxalá Oxalá Mi… Oxalá Mi Ofila la leuo Ileleua o Babá lá e ô Ileleua Oxaladin dindin Oxalá Oxalá Guia Oxalá hó meu pai O que mais posso lhe dar Se sou filho de Umbanda E a caridade eu vim prestar Oxaladin dindin Oxalá Oxalá Guia |
Se a sua espada é de ouro Sua coroa é de rei Ogum é Tatá na Umbanda Corre a gira no Congo Ogum Nhê! |
Bandeira branca é de Ogum Está exposta lá no Maitá Ogum é general da Umbanda Ogum vence demanda em qualquer lugar |
Lá vem Ogum, em seu cavalo Com sua lança, sua espada na mão Se o campo é largo deixa correr Vamos saravar Ogum Megê |
Ele é sentinela de Oxum É remador de Yemanjá Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar |
Ronda, ronda, rondador Se Ogum é de ronda ele vem rondar Se ele é de ronda, ele vem rondar Se ele é de ronda, ele vem rondar, Ogum chegou aqui neste casuá |
Seu Ogum Beira-Mar o que trouxe do mar Seu Ogum Beira-Mar o que trouxe do mar Quando ele vem, beirando areia Vem trazendo no braço direito o rosário de Mamãe Sereia |
Estava em alto mar (em alto mar) Eu vi, eu vi mamãe sereia Sereia é que vinha navegando Ogum Beira-Mar é que vinha remando |
Ogum ele tem três bandeiras Uma branca, outra azul e a outra vermelha A branca é a bandeira da paz Vermelha é a bandeira da guerra Azul a bandeira Azul é a bandeira do mar |
É madrugada pra cada um Olha Alvorada que ai vem Ogum Seu Ogum Iará, a benção meu pai Quem é filho de Ogum Roda, balança e não cai |
Ai vem três cavaleiros Deixa vim que eu quero ver Um é Ogum Iará Ogum Rompe Mato e Ogum Megê |
Um cavaleiro bateu em minha porta Eu passei a mão na pemba Para ver quem era Era São Jorge guerreiro minha gente Cavaleiro da força e da fé |
A primeira espada quem ganhou foi ele A primeira espada quem ganhou foi ele Ele é, ele é Ogum Megê Ele veio de Aruanda pra seus filhos proteger |
Por entre matas, entre mares e terras Eu entendi o que meu pai quis me dizer Que Ogum não devia beber Ogum não devia fumar Mas a fumaça é a nuvem que passa e a cerveja é espuma do mar |
Jangadeiro Jangadeiro Jangadeiro vem remar Ele é o timoneiro da nossa mãe Yemanjá Ele veio de Aruandá, Ele veio Saravá, vem com a Mamãe Sereia É o nosso pai Seu Beira-Mar |
Oh Salve Ogum Mege, Ogum Rompe Mato Ogum Naruê, Eles trabalham na areia, Eles trabalham no mar, Eles trabalham no sol e na lua Eles são filhos de pai Oxalá |
Que cavaleiro é aquele Que vem cavalgando de Norte a Sul É seu Ogum Matinatá Ele é defensor do Cruzeiro do Sul Pata Kori Olê Olê, Pata Kori Olá Olá Salve seu Matinatá da sete estrelas de prata |
Eu me perdi meu pai, eu me perdi Foi lá nas matas da Jurema eu me perdi Eu encontrei seu Rompe Mato eu encontrei E lá nas matas da Jurema eu saravei Nas matas da Jurema eu saravei Seu Rompe Mato, Ogum Iará Ogum de Lei Chegando nas ondas do mar eu saravei Seu Beira-Mar Ogum Marinho Ogum Megê |
Pisa na linha de Umbanda que eu quero ver Ogum Sete Ondas Pisa na linha de Umbanda que eu quero ver Ogum Beira-Mar Pisa na linha de Umbanda que eu quero ver Ogum Iará Ogum Megê Olha banda Ogum Nhê |
Da onde vem Ogum Marinho? Da onde vem Ogum Marinho? Venho das ondas, venho das ondas do mar Venho das ondas Com a cruz de Deus na frente Ele venceu e vencerá Me ajude Ogum Marinho Nessas batalhas reais |
Meu pai Ogum Megê, Ogum Megê, Ogum Megê Sou filho de Ogum neto de Obaluaê |
Mas quem abre os caminhos É o senhor Ogum É o senhor Ogum, é o senhor Ogum |
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Ogum de Lei Não me deixe sofrer tanto assim meu pai Ogum de Lei Não me deixe sofrer tanto assim meu pai Quando eu morrer vou passar pela Aruanda Vou pedir a Ogum Para salvar filhos de Umbanda Eu vi Yemanjá, nas ondas do mar Meu pai Ogum, lá no Maitá Pisa N´areia que é o chefe do Congar, Olhai seus filhos para não tombar Pisa N´areia que é o chefe do Congar, Olhai seus filhos para não tombar |
Ogum Beira-Mar, Ogum Beira-Mar De sua proteção, venha me ajudar Eu chamei Ogum Ogum atendeu, pedi proteção Ogum deu Ogum Beira-Mar, Ogum Beira-Mar De sua proteção, venha me ajudar E Ogum é nosso pai, Oxum é nossa mãe Nos cubram de Axé e de proteção Ogum Beira-Mar, Ogum Beira-Mar De sua proteção, venha me ajudar |
Ogum em seu cavalo corre E a sua espada reluz Ogum, Ogum Megê, sua bandeira cobre os filhos de Jesus Ogum Nhê! Na alta da Romaria, eu vi um cavaleiro de ronda Trazia um escudo no braço E uma lança na mão Ogum venceu a guerra E matou o dragão |
Ele veio, ele veio, ele veio Ele veio das ondas do mar É Ogum Marinho das ondas Ele veio para nos ajudar Cada graça que o filho recebe Tem sempre que agradecer A Ogum Marinho das ondas Que está sempre a lhe proteger |
Quando eu vim pra esse chão foi pra ser menestrel, de viola, brasão e anel cruzei mares sertão Com uma estrela do céu reluzindo no meu chapéu Vim mostrar a beleza mas só vi tristeza E essa estrela acesa virou na noite um fogaréu Pra lutar contra o mal me tornei capitão Paradel e punhal na mão pus em cada arraial Uma estrela no chão com a ponta do meu facão Nos campos de guerra lutei por meus irmãos Por esta terra (Ogum Nhê) tombei na serra (Ogum) Mas meu sonho não, Aruanda chamou Eu virei Orixá Cavaleiro de Oxalá Hoje sou defensor guardião do luar Sou São Jorge, Ogum Beira-Mar |
Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) Beira-Mar, Beira-Maré tão bonito que ele é Ele vem com a Mãe Sereia pra salvar filhos de fé Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) É o riacho que corre pro rio (Beira-Mar) É o rio que corre pro mar (Beira-Mar) E no mar é morada de peixe Quero ver quem vai brincar com as ondas do mar Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) De dia raiando o sol, de noite raiando a lua Saravá Exu Morcego saravá seu Tranca Rua Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) Na Aruanda ele é pequenininho mas na Umbanda ele é grande Ogum venceu demanda vamos todos saravar! Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) Beira-Mar auê Beira-Mar Beira-Mar auê Beira-Mar (Ô Beira-Mar) |
Meu pai Xangô Deixa essa pedreira aí A Umbanda ta lhe chamando Deixa essa pedreira ai |
Xangô morreu com a idade Morreu em uma pedra Ele escreveu a justiça Quem deve paga quem merece recebe |
Xangô morreu com a idade Na pedra ele escreveu Justiça meu pai, Justiça! Quem deve paga quem merece recebe |
Xangô mora na pedreira Ele manda relampejar Kaô Kabiecilê meu pai Xangô Kaô, Kaô Kabiecilê meu pai Xangô |
O Xangô das colinas do alto da serra Com sua licença, suspende a bandeira vamos trabalhar Eeê Xangô minha paz |
Meu pai Xangô é que está no reino Meu pai Xangô é Orixá Olha seus filhos que pedem meu pai Justiça e paz neste Conga |
No alto daquela pedreira Tem um livro que é de Xangô Kaô, Kaô Kaô Kabiecilê Xangô |
Dono da justiça, Ó rei do trovão Seu axé é machadinha Xangô trás ela na mão Ooô meu guia, o meu protetor Ooô meu pai que nunca me abandonou |
Quem rola as pedras na pedreira é Xangô Vibrou na coroa de Zambi Vibrou na coroa de Zambi Vibrou na coroa de Zambi é Kaô Quem é que vem lá de Aruandá Quem vem para vencer demanda Quem é que rola as pedreiras é Xangô |
Fui colher um lírio branco Nas pedreiras de Xangô Trouxe também outras flores Que meu pai abençoou Quem gostar de lindas flores E ainda não achou Vá buscá-las com carinho Na primavera de meu pai Xangô |
Peço a Xangô Seu Alafin seu Agodô Me de maleme Pai Xangô me de agô Na sua fé Kaô eu vencerei Pois nas pedreiras Pai Xangô é sempre o rei |
É Xangô, o general das pedreiras É Oxum, rainha das cachoeiras Xangô é rei Xangô é rei Orixá Está no reino Dos filhos de Apará |
Sentado nas pedreiras de Xangô (Kaô Kaô) Eu fiz um juramento até o fim (Até o fim) Se um dia me faltar A fé em meu senhor Que role estas pedreiras sobre mim Meu pai João Batista ele é Xangô (Kaô Kaô) É dono do meu destino até o fim (Até o fim) Se um dia me faltar A fé em meu senhor Que role estas pedreiras sobre mim |
Estava olhando as pedreiras Quando uma pedra rolou Ela veio rolando bateu em meus pés E se fez numa flor Quem foi que disse que eu não sou filho de Xangô Ele mostra a verdade, atira uma pedra ela vira uma flor Toda a verdade tem justiça e proteção Filho de pai Xangô ninguém joga no chão Quem foi que disse que eu não sou filho de Xangô Uma pedra atirada pra mim é uma flor |
Saravá Xangô Agodô Saravá a Coroa de Xangô Afirma ponto nas pedreiras Pra seus filhos pai Xangô E no terreiro Saravá Babalaô Saravá Xangô, Saravá Babalaô Saravá Xangô, Saravá Babalaô Saravá Xangô Agodô Saravá o reino de Xangô E no terreiro Saravá Babalaô Saravá Xangô, Saravá Babalaô Saravá Xangô, Saravá Babalaô |
Meu pai Xangô já berimbou na aldeia Ô Munhanha, ô munhanha ê, ô munhanha |
Pedra rolou Pai Xango Lá nas pedreiras, afirma ponto caboclo nas cachoeiras Tenho meu corpo fechado, Xango é meu protetor Afirma ponto caboclo Pai de cabeça chegou |
Oxossi na Umbanda é sincretizado por Saõ Sebastião, e na Bahia é sincretizado por São Jorge, ele é o senhor da caça e da fartura, sua saudação é “Okê Arô” ou “Okei Odê” |
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O portão da aldeia abriu Pra todos os caboclos passar É hora, é hora é hora Caboclo, É hora de trabalhar |
Ilumina o mundo Helena Enquanto a lua não vem Helena Ela vem caminhando Helena Vem no passo da ema Helena |
Ele atirou… Ele atirou e ninguém viu Senhor Oxossi é quem sabe Aonde a flecha caiu |
Ó mar tão grande, Que grande forças tem o mar Pisa N´areia caboclo, É na areia seu Jurema O gira, gira mar sagrado, deixa girar |
Meu passarinho azulão Quando voa não pousa no chão Mas que linda cabocla Jurema Tem peito de aço e bodoque na mão |
Meu passarinho azulão Quando voa não pouso no chão Mas que linda cabocla Jurema Tem peito de aço e bodoque na mão Voou, voou meu passarinho azulão Voou, voou meu passarinho azulão Mas que linda cabocla Jurema Tem peito de aço e bodoque na mão | O vento ventou lá nas matas As folhas caíram no chão O vento ventou, e as folhas caíram Caboclo espalhar folhas no chão | Caboclo, que escreve na areia É Caboclo da Mata, ele não bambeia Ele não bambeia meu pai, ele não bambeia É Caboclo da Mata que veio na aldeia |
Mas que Caboclo lindo que vem lá da Bahia Trazendo em suas mãos, três Ave-Marias Uma é pra lua… outra é pro sol… A outra guia é do Caboclo Girassol | Oh Jurema preta, princesa rainha Dona da cidade que também é minha É dona do ae parrei do sol Dona da cidade que também é minha | Saiu das matas coberta de folhas Chegou no terreiro, coberta de penas Solte os cabelos Cabocla Jurema Venha ver Oxossi aqui nessa aldeia | Jurema, Jurema, Jurema! Linda cabocla filha de Tupi Com seu saiote, cheio de penas É a Jurema filha de Tupi |
Eu tava na mata eu tava trabalhando Um lindo caboclo passou me chamando Eu vou eu vou… Onde ele mora Ele mora na mata de nossa senhora | Eu tava no meu lajedo deitado sem trabalhar Foi quando eu olhei pro alto E eu vi a pomba voar (pega ela) Eu vi a pomba voar (pega ela) | Senhor Oxossi fez uma caçada Caçou uma juriti a carne não deu pra todos As penas é pra dividir (uma por uma) As penas é pra dividir (uma por uma) | Oxossi é rei de Cacarucaia Ele mamba na macaia ele é o rei do Juremá Eu vou chamar a linha dos seus caboclos Pra no terreiro seus filhos abençoar Oxossi é |
Oxossi, Oxossi, Oxossi Rei da mata venceu demanda Oxossi ajuda seus filhos, pois Oxossi é rei da Umbanda | Não bota fogo na mata Na mata tem morador Na mata mora um homem É Oxossi o caçador | Se a coral é sua cinta A jibóia é sua laça O que zoa, que zoa, que zoa ê Caboclo mora é na mata | Seu caçador na beira do caminho O não me mate essa coral na estrada Ela abandonou sua choupana caçador Foi no romper, da madrugada |
Na sua aldeia, lá na Jurema É uma lei severa, é uma lei suprema Lá na Jurema… É uma lei severa, é uma lei suprema É uma lei severa, é uma lei sem pena | Pisa Caboclo, aqui nessa aldeia Mostra o sangue que corre na veia Pisa Caboclo, aqui nessa aldeia Ela é minha, ela é sua, ela é de Pisa N´areia | Ae caboclo, quando eu lhe chamo que demora é essa? Já vou meu pai, passei na mata pra apanhar minha flecha |
Eu vi chover eu vi relampejar Mas mesmo assim o céu estava azul Tambor e pemba, folhas da Jurema Oxossi reina De norte a sul |
Olha o jureme, he, he olha o Jurema Cadê sua bodoque, sua cobra coral Sua cobra caninana, sua sucuri Sua pintassilga, sua sabia Deu uma volta na Jurema e torna a voltar |
Maré encheu, maré esvaziou De longe bem longe eu avistei Iaiá Com sua palhoça, coberta de sapé Seu arco sua flecha sua cabaça de mé Ae laia, laia, laia eo |
Auê Jussara, Bimba Jussara Como vai você, Auê, Auê Auê Bimba Jussara, Bimba Jussara Eu vim aqui te ver, Auê, Auê |
O Jurema Preta princesa rainha Dona da cidade que também é minha E dona do Auê paue dona da cidade Que também é minha |
Flechei, flechei lá na mata flechei Uma onça tenebrosa lá na mata flechei | E lá na mata corre um bicho (é um sapeque) Mas eu não sei que bicho é (é um sapeque) | Se o Caboclo é bom bate palma pra ele Saravá ele no pilão da aldeia |
Oxossi he, Oxossi ha, Oxossi he Marimbebe, Marimbeba |
Ele é Caboclo, ele é flecheiro Oi tumba na Kalunga É laçador de feiticeiro Oi tumba na Kalunga Sua força ninguém tira Oi tumba na Kalunga Só se Deus mandar tirar Oi tumba na Kalunga Mas ele firma o seu ponto Oi tumba na Kalunga Afirma ponto no terreiro Oi tumba na Kalunga |
Olha o Juremê Olha o Juremá Mas cadê o seu bodoque, sua cobra coral Sua cobra caninana, sua sucuri Sua pintasilva, sua sabiá Deu a volta na Jurema e torna a voltar | Estava na beira do rio Quando minha jóia perdeu O mamãe cadê minha jóia, cadê? Que os caboclos da água me deu Ô Mãe, Ô Mãe, Ô Mãe Sereia Os caboclos da água, na areia Que veio sarava nessa aldeia | Arrea Capangueiro Capangueiro da Jurema Arrea Capangueiro Capangueiro Jurema Se o seu pai é Oxossi Quero ver balancear Arrea, arrea capangueiro da Jurema O Jurema |
Indaiá, Indaiá, Indaiá Indaiá vem das ondas do mar Indaiá, Indaiá, Indaiá Vem das ondas pra nos ajudar É cabocla Indaiá É cabocla de Yemanjá | Chama os caboclos na mata para trabalhar Se a mata é muito alto caboclo vai derrubar | Eles são dois irmãos amigos, Da tribo de Aimoré Oi Aimoré moré, moré Oi Aimoré moré, moré Oi Aimoré moré, moré é o rei | Jurema, Jureminha, Oh Jurema! Essa cabocla de pena, firmou na jibóia sua lei é suprema! |
Minha bandeira tem, tem vinte e seis estrelas Que representa a nossa pátria brasileira | Caboclinho da mata virgem Plantou raiz nasceu flor, Plantou raiz nasceu flor | O jibóia joga o laço de coro e dendê O que tem esse caboclo Que não quer descer? Mas ele que sim senhor | Chama os caboclos na mata para trabalhar Se a mata é muito alto caboclo vai derrubar |
Jurema, o jureme o jurema. É uma cabocla de pena, dos olhos cor do luar Rainha da cor morena Ela está neste conga Quando ela pisa nas folhas Ninguém ouve seu pisar É uma cabocla de penas… | O Juremê, o Juremá Sua flecha caiu serena Jurema Dentro deste conga O Salve São Jorge Guerreiro Salve São Sebastião Salve a Cabocla Jurema Dando a sua proteção O Jurema! |
As matas estavam escuras Um anjo iluminou No centro da mata virgem Senhor Oxossi quem chegou Mas ele é rei Ele é rei, ele é rei Oxossi é o rei Na aruanda ele é rei |
Os caboclos dançam, rodeando aldeia Rodeando aldeia, rodeando aldeia |
Campestre verde, ó meu Jesus Vi Madalena prostrada, aos pés da Santa Cruz Pelos caminhos, que eu andei Mas foi lá em Belém que Jesus encontrei E os meus pecados, não são verdades Minha mãe é Madalena, meu pai é Jesus Que lindas noites, eu passava acordado Admirando Jesus, lá crucificado Pelas estradas, eu caminhava a pé Acompanhando Jesus, Maria e José Pelos campos mais verdes, que andei muitas vezes No mártir do calvário, era onde eu dormia Com as flores mais belas, que por lá nasciam Só que agora morriam, só porque Jesus Cristo Lá na Cruz padecia Toalha branca, ficou vermelha Com o sangue de Cristo que corria nas veias |
Iemanjá é a rainha do mar, é sincretizada por Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria dependendo da região, sua saudação é “Adoce Yá” |
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Iemanjá é a rainha do mar Iemanjá é a rainha do mar Salve o povo de aruanda Salve a sereia do mar Salve Oxossi, salve Ogum Salve a rainha do mar |
Na noite escura, o luar brilhou Iluminando a imensidão do mar E numa onda eu vi navegando Senhora bonita Rainha do Mar Mas ela é, mas ela é Iemanjá Senhora bonita Rainha do mar Mas ele é, mas ela é Iemanjá Senhora Bonita Rainha do mar |
Iê Iemanjá, Iê Iemanjá Rainha das ondas Sereia do mar Rainha das ondas Sereia do mar Mas como é lindo o canto de Iemanjá Faz até o pescador chorar Quem escuta mãe d’água cantar Vai com ela pro fundo do mar | Eu fiu na beira da praia Pra ver o balanço do mar Eu vi um retrato na areia Me lembrei da Sereia., começei a cantar Mãe Janaína vem ver, Mãe Janaina vem cá Receber as flores, que venho lhe ofertar |
Retira a Jangada do mar Mãe D´Água mandou avisar Que hoje não pode pescar Que hoje tem festa no mar Le, le, le, le, le Yemanjá Ela é, Ela é a Rainha do mar Traz pente, traz espelho oh,oh Para ela se enfeitar, oh, oh Traz flores, traz perfumes Deixa tudo no mar | Eram duas ventarola, eram duas ventarolas Venta aqui, venta acola Uma era Inhasã, Aueparrei A outra era Yemanjá, Adoce Yá | Sereia Sereinha vinda das ondas douradas Sereia Sereinha vinda das ondas douradas Aé Janaina como é linda sua chegada Aé Janaina como é linda sua chegada | Estava sentado na areia Fui ver o banlanço do mar Eu vi um retrato na areia Me lembrei da sereia, Comecei a chamar Ó Janaina vem ver, Ó Janaina vem cá Receber as flores, que venho lhe ofertar |
Salve a Sereia do mar Salve a Sereia Mãe Yemanjá Com ser vestido azul a água reluz Com tanta beleza, encanta Jesus |
Iansã é a senhora dos ventos, sincretizada por Santa Barbará, sua saudação é “Eparrei Oyá” ou “Eparrei Iansã” |
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Iansã é uma moça bonita Mas ela e dona do seu jacutá Parrei, parrei, parrei Oh, mamãe de aruanda Segura o terreiro, que eu quero ver |
Eu vi Iansã menina saravando no conga Salve seu leque de penas rainha do Jacutá Iansã é muito linda mais que linda que ela é Iansã vem no terreiro vem trazendo seu Axé |
Iansã tem um leque que venta Para abanar nos dias de calor Iansã mora nas pedreiras Eu quero ver meu Pai Xangô |
Iansã dos cabelos loiros No mar tem peixe na sua aldeia tem ouro Adociaba, adociaba Sarava Iansã da Pedra Dourada |
Ventou mas que ventania Ventou mas que ventania Iansã é nossa mãe Iansã é nossa guia |
Olha a muzenza, etataê Olha a muzenza, etataô Ela é cabocla da moriganga, etataê Olha a muzenza, etataô |
Eram duas ventarolas, eram duas ventarolas Venta aqui venta no mar Uma era Iansã auê parrei A outra era Iemanjá adociaba |
Iansã do Keto ela é minha alôdo Ela é minha alôdo ela é minha alôdoia |
Oxum é a senhora das cachoeiras e dos rios, sincretizada por Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Aparecida, sua saudação é “Aieeu mamãe Oxum” |
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Oxum senhora das Cachoeiras Oxum venha nos proteger Oxum levante a bandeira mamãe Seus filhos de pemba vem ver |
Eu vi mamãe Oxum das Cachoeiras Sentada na beira de um rio Colhendo lírio, lírio he, Colhendo lírio, lírio ha Colhendo lírio pra enfeitar nosso conga |
Aieie, aieie mamãe Oxum Aieie, aieie mamãe Oxum Aieie, mamãe Oxum Aieie Oxum marê Se mamãe iei, iei, ieia Se mamãe iei, iei, ieia Aparece quando o sol raiar Aparece quando o sol raiar |
Nas cachoeiras de Mamãe Oxum Correm águas cristalinas de meu Pai Ogum Meu Pai Ogum ele vem lá de Aruanda Ele criou as cachoeiras que Oxum abençoou Mandou pedir proteção a Oxalá Pra banhar nas suas águas Todo o ma ela levar |
Ai quem me dera sonhar, Ai quem me dera sonhar Com a quartinha de ouro da Oxum Apara |
He emoriô, emori pao He emoriô, emori pao |
O menina, o menina Ieie Oxum da Mina |
Nanã é a avó, sincretizada por Santa Ana e sua saudação é “Salubá Nanã Borukê” |
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Nanã é a mãe dos orixás Está na terra ma cachoeira e no mar Eu vou pedir a boa Nanã Que nos proteja e abençoe este conga |
Salve Nanã salve senhora das águas Salve Nanã que chegou de Aruanda Salve Nanã com seu poder e bondade Salve Nanã kakarukaia de Umbanda |
Nanã é minha avó, é minha avozinha Mãe de Obaluaê, mas também é minha |
O Nanã que já Ossi, Alodê O Nanã que já sido, Alode |
São flores Nanã são flores, são flores Nanã Buruque São flores Nanã são flores, de seu filho Obaluayê Nas horas de agonia, quem sempre vem me valer É seu filho Nanã, é meu pai, ele é Obaluayê A Senhora Sant’Ana, é Nanã Buruque Ela á mãe dos Orixás, São Roque é Obaluayê | Eu vi Nanã , sentada na beira do poço Senhora Sant’Ana, com seu manto Divina Nanã, oh divina Nanã Venha nos ajudar Eu vi Nanã eu vi Senhora Sant’Ana Buruque Saluba | Eu vi uma senhora lá na beira da lagoa De longe ja se via o brilho de sua coroa Era Nanã Buruquê, Lavava o manto de seu filho Oxumarê | Nanã, Nanã, Ela é Nanã Buruquê Nanã, Nanã, Ela é Nanã Buruquê A sua saia é roxa, a sua cinta é de sapê A sua saia é roxa, a sua cinta é de sapê |
Se Ela é minha mãe, é Nanã Buruquê Mas Ela é o orixã mais antigo do Ceú Nanã, Nanã Buruque, Quem é seu filho, agora eu quero ver | Cubra com véu Nanã, cubra com véu Nanã Cubra com véu Nanã Buruquê As chagas dos seus filhos, Só a senhora pode ver Ela entrou nas matas, e as matas lhe curou Hoje é Orixá e Deus abençoou | Atraca atraca que ai vem Nanã ê ê Atraca atraca que ai vem Nanã ê êá É Nanã, e Oxum, É a sereia do mar, ê á Elas vem neste conga, para abençoar Elas vem neste conga para saravar | O mar roncava, entre as pedras se batia Ao gemida da Mãe d’água, A sereia respondia São flores, são flores São flores Nanã Buruquê Que eu vim lhe oferecer |
Nanã é minha vó, e minha avozinha, Mãe de Obaluayê, mas também e minha | Ô Nanã que já ossi, Alodê ô Nanã que já sidó, Ladeô | Nanã é a mãe dos Orixas, Está na terra, na cachoeira e no mar Eu vou pedir a boa Nanã Que nos proteja e abençoe este conga |
Obaluaê, é representado por São Lazaro e Omolu por São Roque, é o senhor da terra e da doença, sendo que a doença ele traz e cura, sua saudação é “Atotô Baluaê” ou “Salve Omolu” | |||
Quem vê um Velho No caminho pede abenção Oi abenção Baluaê, Oi abenção Baluaa |
Velho Omolu veio de ronda de aruanda Abenção meu pai Proteção para nossa banda |
Baluaê é um santo valente Levanta quem está deitado E cura quem está doente |
Preto Velho foi o fundador da umbanda como citado em tunsc.com.br/umbanda/pgumb_nasc, não há sincretismo desta entidade e sua saudação é “Adorei as Almas” |
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Minha cachimba ta no toco, Manda moleque buscar No alto da derrubada Minha cachimba ficou lá |
Ai preto velho que judiação Ai preto velho que judiação Nas mãos de homens cruéis Sem amor, sem coração |
No dia 13 de maio, senzala toca tambor No dia 13 de maio, senzala toca tambor Samba negro, branco não vem cá Se vier, caridade vai levar |
A fumaça do cachimbo do preto Sobe pro alto só não vê quem não quer A mironga de preto velho Ele esconde é debaixo do pé |
Cativeiro, cativeiro, cativeiro, cativeiro Cativeiro, cativera, auê meu cativeiro Cativeiro, cativera, auê meu cativeiro |
Vovó não quer casca de coco no terreiro Vovó não quer casca de coco no terreiro Que é pra não lembrar Dos tempos do cativeiro Que é pra não lembrar Dos tempos do cativeiro |
Preto Velho andou, andou Ele andou sem descansar Ele andou setenta léguas Pra chegar neste conga Cambinda mamãe he, cambinda mamãe ha Segura o terreiro que eu quero ver Seu filho de pemba, não tem querer |
Cosme e Damião e Doun representa as crianças, sincretizados com Cosme e Damião, Doun representa as crianças, sua saudação é “Ami beja”, esta casa realizada no penúltimo domingo de setembro a Festa em Louvor a São Cosme, São Damião e Doun e no dia 27 de setembro a Festa espuritual na casa. |
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Cosme e Damião Sua santa já chegou Ela veio do fundo do mar Santa Bárbara foi quem mandou Dois, dois Sereia do mar Dois, dois Mamãe Iemanjá |
Cosme e Damião Damião cadê Doun Doun foi passear No cavalo de Ogum Dois, dois Sereia do mar Dois, dois Mamãe Iemanjá |
Cosme e Damião Damião cadê Doun Doun foi apanhar flores Na roseira de Oxum Dois, dois Sereia do mar Dois, dois Mamãe Iemanjá |
Eu vi Doun na beira d´água Comendo arroz, bebendo água Eu vi ( nome ) na beira d´água Comento arroz, bebendo água |
Dei uma volta pelo rio do Amazonas Lá encontrei São Cosme, São Damião Toquei viola para eles dançarem Só entra nesta roda quem sabe cantar Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar Vamos dar a meia volta E bater palmas a Oxalá |
Tem paciência dois dois Que eu dou camisa azul Tem paciência dois dois Que eu dou camisa azul Que é para o ano que vem, Dois dois comer caruru Que é para o ano que vem, Dois dois comer caruru |
O que faz Preto velho na Umbanda Preto velho é benzedor O que faz os anjinhas na Aruanda Coroam o trono de Nosso Senhor |
Bahia é terra de dois É terra de dois irmãos Governador da Bahia É São Cosme e São Damião |
Criança feliz, feliz a cantar Alegre a embalar seu sonho infantil O meu bom Jesus, que a todos conduz Olhai as crianças do nosso Brasil Criança com alegria, Qual um bando de andorinhas Viram Jesus que dizia, Vinde a mim as criancinhas Hoje no céu um aceno, Os anjos dizem amém Porque Jesus Nazareno, Foi criancinha também |
A Raio é linda, a Raio é bela, Corta o céu sem nuvem da primavera | ||
Eu quero doce mamãe, eu quero bala Eu quero açúcar pra passar na sua cara |
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O navio apitou, vem cheio de bandeirinhas Lá vem Cosme e Damião, Lá vem as criancinhas |
A linha da Bahia é uma linha intermediária de umbanda com a alegria e irreverencia dos baianos, não há sincretismo desta linha, por ter nascido aqui no Brasil e exclusivamente na Umbanda. |
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Bahia ou África Vem cá, venha nos ajudar Força Baiana Força Africana Força Divina Vem cá, vem cá |
Baiano bom, baiano bom Baiano bom, é o que sabe trabalhar Ele sobe no coqueiro Pego o coco, desce o coco Bebe a água e bota o coco no lugar |
Na Bahia tem baiano que sabe ler Mexer com quem ta quieto E coisa que não pode ser Ele joga pó de pemba e tu morre sem saber Lhe chamam de criminoso, Mas não podem o prender |
A menina do sobrado Me chamou pra seu criado Eu mandei dizer a ela Que gosto do samba arrochado Auê seu baiano que samba arrochado |
O Bahia, Sergipe e Paraná Quem brinca com baiano Tem guerra pra guerrear |
Baiano é mau que nem surucussu o ganga Meche com ele ganga Baiano zanga |
Se ele é baiano agora que eu quero ver Comer pimenta da costa Com azeite de dendê |
Fui na Bahia visitar as cachoeiras Oi tu não brinca com baiano Baiano não é brincadeira |
Baiana saia rendada Tabuleiro de acarajé A baiana ta requebrando Como samba no candomblé Ô, ô, ô Bahia Bahia de Nosso Senhor Ô, ô, ô Bahia Peça a Oxalá por mim |
Bahia, Bahia Terra de São Salvador Quem nunca foi a Bahia Peça a Deus Nosso Senhor Oi na Bahia tem Diz que tem ouro bom Oi que tem ouro bom Macumba ioio |
Boiadeiro, é uma linha intermediária não tem sincretismo e são um povo mais de campina e muito alegre mas…, sua saudação “Jetuá Boiadeiro” |
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Bóia boiadeiro Boiadeiro bóia Se eu contar minha vida O boiadeiro chora |
Seu boiadeiro por aqui choveu Seu boiadeiro por aqui choveu Choveu, água rolou Foi tanta água que nadou |
Ele é boiadeiro Navila Ele é boiadeiro Navila Ele é cacique Ele é boiadeiro Navila |
Nas tranças dos seus cabelos Eu bebi água de gravatá Eu bebi água de gravatá Seu boiadeiro, eu bebi água de gravatá |
Foi neste passo que Eu sai da minha aldeia Montado em meu cavalo Com meu chapéu de lado Quando eu saia minha Mãe me abençoava |
Seu boiadeiro nasceu em Roma Em Roma nasceu o Messias Seu boiadeiro foi batizado Por que Deus viu que ele merecia |
Meu Deus que barulho É este em cima do tabuleiro Não é vento não e nada É samba de boiadeiro |
A menina do sobrado Não penteia seus cabelos Ela fica na janela Namorando o Boideiro |
Quando nesta casa entrei eu louvei Maria Eu louvei Seu Santo nome Eu louvei a luz do dia Quando nesta casa entrei Eu louvei a cumieira eu louvei ogã da casa Eu louvei família inteira Louvei, louvei, bendito seja louvado Louvei, louvei seja Deus Abençoado |
Cancela bateu, chicote no ar cantou Cancela bateu, chicote no ar cantou Se alevanta minha Gente Boiadeiro aqui chegou A lua nova a estrada clareava Quem toma conta e da conta No romper da madrugada | Há três coisas neste mundo Que o homem se aperreia Uma é mula manca, o dinheiro e mulher feia Mas nas três eu dei um jeito, Ouça lá a minha história Mula manca eu vendi, O dinheiro vem na hora Mas a pobre mulher feia Eu tive que jogar fora | A mulher e a galinha São dois bicho interesseiros A galinha pelo minho E a mulher pelo dinheiro E a mulher pelo dinheiro |
Cangaçeiro, é uma linha intermediária, são povos alegres, porém o cangaçeiro é mais fechado e brinca pouco, não ha sincretismo e sua saudação “Jetuá Cangaceiro” |
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Olê muiê rendeira, Olê muiê renda Tu me ensina a fazer renda Que eu te ensino a namorar Muiê de cangaceiro Não tem medo de nada não Quando ela vê o perigo Sai rolando pelo chão Bota o dedo no gatilho Bota e mira no coração Tenente perde a patente Coronel perde o galão |
Oi quanta abóbora madura Eu não tenho farinha Ai eu perdi minha faca E só fiquei com a bainha |
É lampa, é lampa, é lampa É lampa, é lampa, é lampião Seu nome é Virgulino Apelido Lampião |
Acorda Maria Bonita Levanta vai fazer o café Que o dia já vem raiando E a polícia já esta de pé Se eu soubesse que chorando Empato a sua viajem Meus olhos eram dois rios Que não lhe davam passagem Acorda Maria Bonita Levanta vai fazer o café Que o dia já vem raiando E a polícia já esta de pé Cabelos pretos anelados Olhos castanhos delicados Quem não ama a cor morena Morre cego e não vê nada |
Marinheiro é um povo da beira do mar, é uma linha intermediária, são estrovertidos e brincalhões, mas atuantes, não há sincretismo e sua saldação “Jetuá Marinheiro” |
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Se eu tivesse um amor Se eu tivesse um amor Eu parava de beber Eu parava de beber Mas como eu não tenho amor Como eu não tenho amor Eu não paro de beber Eu não paro de beber |
Marinheiro deu um nó Na tristeza que eu tinha Marinheiro deu um nó Na tristeza que eu tinha Marinheiro bebe Ele bebe, ele fuma Mas na hora da macumba Marinheiro e quem faz |
Seu marinheiro o que traz nesta canoa Eu trago ouro eu trago prata Seu marinheiro o que traz nesta garrafa Eu trago a boa cachaça |
Eu vivo no sereno Bebendo pela noite adentro Meu nome é Severino Meu apelido é Moreno |
Eu não sou daqui, marinheiro só Eu não tenho amor, marinheiro só Eu sou da Bahia, marinheiro só De São Salvador, marinheiro só O marinheiro, marinheiro, marinheiro só O quem te ensinou a nadar, marinheiro só O foi a pinga do barril, marinheiro só O foi o balanço do mar, marinheiro só Lá vem, lá vem, marinheiro só Todo de branco, marinheiro só Mas ele vem faceiro, marinheiro só Com seu bonezinho, marinheiro só |
Cirandeiro, Cirandeiro ô Cirandeiro, Cirandeiro ô A pedra do seu anel Brilhar mais do que o Sol A pedra do seu anel Brilhar mais do que o Sol Jangadas ao mar Pra pegar lagosta Pra levar a festa em Jaboatão Vamos preparar lindos adereços Pra comemorar a libertação Marinheiro, marinheiro Sua hora já chegou Vou embora pro terreiro Vou saldar babalaô |
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Zé Pilintra seria o malandro e bom vivan, é uma linha intermediária, protetor dos médiuns, não tem sincretismo, sua saudação “Salve Seu Zé” |
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Com seu chapéu de lado Com seu lenço no pescoço Zé Pelintra vem em terra Pra dizer Boa Noite moço Oi pra dizer Boa Noite moço |
Zé Pelintra, Zé Pelintra Boêmio da madrugada Toma conta, presta conta No romper da madrugada |
Ele é seu Zé Pelintra, Cabra do chapéu de lado Quem mexer com Zé Pelintra Ou ta doido ou ta danado Seu doutor, seu doutor, caro senhor Zé Pelintra chegou, caro senhor Chegou na hora de Deus, caro senhor |
Cigano é uma entidade muito alegre e ordeira, não há sincretismo, sua saudação “Salve Cigano” ou “Optcha” |
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A linha de ciganos seus violinos vem tocar Suas canções são lindas faz a gente chorar Caminham de mansinho Andando a beira mar Saudando Mamãe Sereia E a nossa Mãe Iemanjá |
Na ilha de Taquara, tem baiano, Tem cigano, tem índio pra me ajudar Me ajuda taquara, me ajuda taquara, Me ajuda taquara, me ajuda taquara |
Sou cigano, sou menino Venho aqui para trabalhar Sou cigano, sou menino Da linha de Iemanjá |
Exu na Umbanda são espíritos em evolução e vem trabalhar para se elevarem, sua saudação “Larôie Exu” ou “Exu Emojubá” |
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Exu da meia-noite Exu da madrugada Salve o povo da Umbanda Sem Exu não se faz nada |
Deu meia-noite Quando o malvado chegou De cartola e de bengala Dizendo que era doutor |
Exu é do quere que que Na hora grande é que eu quero ver Exu é do romper da aurora Seu (nome do Exu) é quem comanda agora |
Você me disse Que não sabe onde ele mora Você me disse Que não sabe onde ele mora Vá na encruza, que ele esta a toda hora |
Seu Tranca Ruas chorou Chorou mas não se arrependeu Ele matou o seu patrão Numa linda gargalhada Sexta-feira da Paixão |
O sino da igrejinha Faz Belém, blem blom O sino da igrejinha Faz Belém, blem blom Deu meia-noite o galo já cantou Seu Tranca Ruas que é dono da gira Oi corre gira que Ogum mandou |
Calunga é um buraco fundo Mina do ouro mandou me chamar Se a Pombo Gira é rainha do mundo Exu é rei em qualquer lugar |
Eu fui no cemitério pra catar tesouro Seu Exu me deu risada Os dentes eram de ouro |
Deu meia-noite Cemitério treme Catatumba racha E o defunto geme |
Botei na encruzilhada uma panela pra Exu Galinha preta, farofa amarela Pescoço de pato e pena de urubu |
Quem nunca viu venha ver Caldeirão sem fundo ferver Exu pediu eu vou dar Caldeirão sem fundo pra cozinhar |
Deu uma ventania o ganga Que vem do pé da serra É Exu (nome) quem Vem girar na terra |
A Pombo Gira, é o espirito feminino em busca de evolução, sua saldação “Salve a Pombo Gira” ou “Laroye Pombo Gira Emojubá” |
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A Pombo Gira embaixo de uma limeira Ela sambava encima de uma fogueira A Pombo Gira deu uma gargalhada Ela vê seus inimigos lá na sua encruzilhada |
Dona Pombo Gira vem toma chocho Dona Pombo Gira vem toma chocho Dona Pombo Gira é a rainha real Dona Pombo Gira é a rainha real |
O moça me de um cigarro do seu pra fumar Pois nem dinheiro eu tenho pra comprar Vivo sozinho eu vivo na solidão O Pombo Gira me de sua proteção |
Pombo Gira tem uma saia Na barra tem sete nós Pergunte ao inimigo Quanto custa cada no |
Saia da laia e de Pombo Gira É de Pombo Gire para que eu não caia Saia da laia e de Pombo Gira É de Pombo Gire para que eu não caia He Pombo Gire, Pombo Gira he He Pombo Gire, Pombo Gira he Olha a Pombo Gire, olha a Pombo Gira |
O Pombo Gira eu preciso de você O Pombo Gira eu preciso de você Vamos jogar o jogo da amarelinha Se eu perder você me ganha Se eu ganhar você é minha |
Foi uma rosa que eu peguei na encruzilhada Foi uma rosa que eu peguei no meu jardim Maria Mulambo Pombo Gira mulher Maria Padilha ela é mulher de Lúcifer |
Ae Pombo Gira, ae Pombo Gira Ae Pombo Gira vamos trabalhar Ae Pombo Gira, ae Pombo Gira Muita saúde para quem precisar Ae Pombo Gira, ae Pombo Gira Leva todas maldades pro lado de lá |
Exu Mirim são espiritos de crianças de 7 a 17 anos que precisam evoluir, sua saudação “Laroye Exu Mirim” |
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Mirim não é criança Que se engana com tostão Só se lembra dos Mirins Na hora da precisão |
O meu senhor das almas Não faça pouco de mim Ele é pequenininho Ele é o Exu Mirim |
Ele é Toquinho Mirim das Sete Encruzilhadas Ele gosta de maldade Bem apimentada |
Calunga é um buraco fundo Mina do ouro mandou me chamar Se a Pombo Gira é rainha do mundo Mirim é príncipe em qualquer lugar |
Esta página tem como objetivo mostrar os cantos dos principais Orixás da casa, o Hino de louvação da casa |
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Hino da casa Este hino foi composto por Antonio Colaço no ano de 1979, por ocasição da inauguração da sede definitiva do Templo na Rua Maria Clara Tavares, 211 no Parque Residencial Casa Branca em Suzano. Na imensidão do céu azul eu vi voando Um lindo pombo que passava arrebanhando Lindas estrelas que estavam a iluminar A nossa aldeia e os filhos de Oxalá Vi em seu bico a esperança e o amor Naquele galho de oliveira que trazia Em nosso teto a divindade pousou E todos nós cantamos com muita alegria Eu sou de fé, por isto eu estou de branco Qualquer caminho vou seguindo e vou cantando Em mim não há nem maldade nem tristeza Foi meu pai Pisa N’Areia quem me deu essa riqueza |
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O caboclo Pisa N’Areia, entidade chefe da casa, teve muiitos pontos feitos por filhos e ou freqüentadores da casa para serem entoados pelos filhos no dia 21 de abril (data de seu aniversário) e que a casa também homenageia a todos os que participaram da festa em louvor a São Cosme, São Damião e Doun do ano anterior e a autoridades presentes na casa neste dia. Com o desencarne de Mãe Natália em 12/10/2018, assume a dirigencia espiritual Mãe Regina de Iemanjá e o Caboclo Rompe Mato na Umbanda e Mãe Regina de Iemanjá também assume os trabalhos de camdomblé do Ile Ase Omim D’Osun. |
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(1981) Pisa N’Areia hoje está fazendo anos E nos estamos aqui para te saudar Nos somos a família do amor Formando a corrente de Oxalá Foi o senhor meu pai Que me ensinou o caminho certo a seguir Não sei como te agradece Por isso eu estou aqui O seu sorriso amigo me consola Sua palavra para mim é um conselho Quero abraçar-te o meu pai agora Quero cair em tua frente de joelhos Sinto vontade pai de te abraçar E sentir o poder da sua benção Foi os seu braços pai que muitas vezes Me sustentou nas horas da minha aflição Nos os seus filhos hoje reunidos Vamos fazer desta data um lindo dia Porque hoje completa mais um ano Que o senhor vem nos trazendo alegrias |
(1982) Pisa N’Areia que esta sempre ao meu lado Eu deveria era dizer muito obrigado Porque tu fostes, tu serás o meu soldado Pai observando esse seu jeito carinhosos Vejo a imagem que a imaginação me dá De um homem forte bem valente e poderoso Que me dá forças pra sorrir e pra cantar Pai por muitas vezes sei que para ti pequei Mas sua calma, seu carinho e compreensão Me faz pensar, me faz voltar onde eu errei Purificando minha alma meu coração Querido pai, igual você sei que jamais encontraria Por isso sempre em sua data natalícia Me dá vontade de explodir de alegria Por que eu sei, que mais um ano comigo você passou Me ensinando o caminho verdadeiro Que leva aos pés de Oxalá nosso senhor |
(1983) Caboclo mais um ano passa E eu estou aqui cantando Sempre fostes meu soldado E sei que ainda vais ser por muitos anos Caboclo seu sorriso é lindo Na sua voz eu escuto uma canção Sua palavra me ensina o bom caminho Que leva todos ao sagrado coração Caboclo esta sua calma Me da a certeza que eu tenho um grande pai Que guarda e protege minha alma Tirando a dor com o balsamo da paz Caboclo sua luz clareia Tirando as travas do meu coração Seu nome que é Pisa N’Areia Eu sempre chamo quando sinto a escuridão Meu pai este dia é todo seu É o seu aniversário e eu quero cantarolar Pisa N’Areia hoje está fazendo anos Mais um ano de alegria Para a gente festejar |
(1984) Caboclo mais um ano se passou É ao seu lado aqui eu estou Para dizer-te e agradecer Por tudo aquilo que você me ensinou Dizer-te que contigo eu aprendi A amar Jesus Nosso Senhor Que é filho de Deus o criador E a Umbanda que é paz e amor Agradecer pela estrada percorrida De rosas, cravos e jasmins Às vezes salpicada de espinhos Mas compensada pelo seu amor em fim Pai nem sempre faço tudo aquilo que me dizes Mas sempre te trago em meu coração Alegro-me por ser um filho teu E esta bandeira eu trago sempre em minha mão Amo a ti, mas tu sempre me diz Ame primeiro a teu irmão Pratique sempre a caridade E tenha Cristo sempre em teu coração |
(1985) Irmão de fé vamos ficar reunidos E entoar um novo canto de alegria Vamos tirar de cada verso uma poesia E renascer com o raiar de um novo dia E mostraremos ao Pai Pisa N’Areia Que aprendemos muito do que ele ensinou E que sabemos que o clarão da lua cheia Também nos guia na estrada do amor Irmão de fé vamos cantar parabéns Para o Caboclo que só quer o nosso bem E ofertar para ele o coração E de mãos dadas vamos lhe pedir perdão Que há momentos de fraqueza nesta vida Todos sabemos e disso ninguém duvida Mas para quem tem o Pai Pisa N’Areia Se sente forte e nesse mundo não vadeia Nos conhecemos a nossa mãe natureza O céu, a terra, as matas e as cachoeiras Sabemos que tudo pertence aos Orixás Mas tudo vem do criador Pai Oxalá |
Hino exaltando a casa e o caboclo Pisa N’Areia Quando Oxalá levantou sua bandeira Quando o Divino bateu asas no conga Olhei ao céu vi uma estrela correr E nas pedreiras eu vi pedra rolar Vi os anjinhos sentados na areia Quando a Sereia começou a cantarolar E no seu canto ela sempre dizia Que só queria ter asas pra voar Para ir ao céu buscar a estrela que brilha Pra Pisa N’Areia enfeitar o seu conga Pisa N’Areia ele vem do arerê Trazendo a espada pra seus filhos abençoar Mas ele vem é com a força de Zambi Oi sarava Pisa N’Areia no conga |
Ogum Rompe Mato (novo dirigente espiritual) Que caboclo lindo que vem do Humaíta Rompe Mato abre caminhos Pra chegar neste conga General de Umbanda Com a benção de Oxalá Rompe Mato de Aruanda Vem seus filhas abençoar | |
Aruanã ( Oxossi ) | Rosa Funda ( Cigana ) | ||
Tribo dos Carajás, noite de lua cheia Aruanã Menina moça é quem manda na aldeia A tribo dança é o velho chefe pensa em sua gente Que era dona deste imenso continente Onde sonhou conviver com a natureza Respeitando o céu, respirando o ar Pescando nos rios, e nadando no mar Estranhamente o homem branco chegou Pra conquistar, pra progredir, pra desbravar E o índio cantou o seu canto de guerra Não se escravizou mas esta sumindo da face da terra Aruanã, Aruanã Açu, é a grande festa Do povo do Alto Xingu |
Aruanã hê, hê, hê, Aruanã hê, hê, ha Ele é caboclo que só veste pena Ele mora na mata, ele mora no mar |
Vinha caminhando a pé Para ver se encontrava Uma cigana de fé Ela parou e leu minha mão E o que ela disse foi a pura verdade Eu só queria saber se ela era A Rosa Funda cigana de fé |
O Rosa cigana divina A deusa encantada Traz no seu colar a segurança Ele tem sua estrada marcada Caminhou em tapete de flores E nem sequer se abalou Deixou seus filhos lhe esperando Para cumprir com a sua missão Ela é cigana, ela é de fé A Rosa Funda Cigana É para quem vier |
Pai Malaquias ( Preto-Velho ) | |||
Preto velho Malaquias, Preto velho mirongueiro Preto velho nesta terra Trabalhou como cozinheiro Mas na linha de Cambinda Ele comanda este terreiro |
Aqui alguns pontos de abertura e fechamento dos trabalhos |
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Abertura |
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Eu abro a nossa gira Com Deus e Nossa Senhora Eu abro a nossa gira Sambore pembas de angola Nossa gira esta aberta Com Deus e Nossa Senhora Nossa gira esta aberta Sambore pembas de angola |
Vou abrir minha jurema Vou abrir meu jurema Com a licença de Mamãe Oxum E de nosso Pai Oxalá Já abri minha jurema Já abri meu jurema Com a licença de Mamãe Oxum E de nosso Pai Oxalá |
Dá licença Jesus de Nazaré Dá licença queremos trabalhar Dizem que a Umbanda tem mironga Tem mironga, Preto velho tem conga |
Oh Xangô das colinas Do alto da Serra Suspende a bandeira Vamos trabalhar Hê, hê Xangô minha paz hê, hê Xangô minha paz |
Fechamento |
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Fechamos a nossa gira Agradecemos de coração Ao nosso Pai Oxalá Por ter cumprido A nossa missão |
Aqui alguns pontos a serem cantados quando se bate a cabeça |
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Bate a cabeça Bate com fé Peça para ( santo ) Ele dá o que você quer |
Vamos bater a cabeça Em nome de Pai Oxalá Para saldar o nosso terreiro Para saldar a nossa Babá |
Oi pra você que é filho de pemba Oi pra você que é filho de fé Ora bate a cabeça Peça a ( santo ) O que quiser |
Oi só bate a cabeça Filho de Umbanda Saudai Oxalá E a sua banda |
A lua lá no céu brilhou eu bati a cabeça Pra meu Pai Xango Ô, Ô, Ô, vamos sarava nosso Pai Xango Se a lua nasce por de trás daquela serra Iluminando Pai Xango lá nas pedreiras Bate a cabeça filho de fé E peça a Pai Xango o que quiser |
EKEDY ( CAMBONE ) Nossa ekedy vai bater a cabeça Em nome de Pai Olorum Ela vem conduzindo esta casa Junto com meu pai Ogum (santo da casa ) Vamos todos os filhos Saudar Mamãe Oxum (santa da casa) Vamos pedir a benção A ekedy de Oxum |
IAÔ (Pai Pequeno) Vai, vai, vai Vai na fé de Nosso Senhor Vai bater cabeça Iaô Pai Ogum mandou |
OGÃS O meu ogã, meu ogã de lei A estrela que brilhou Mais alto lá no céu É meu ogã de lei |
Visita de Babá ou Babalaô A babá veio de longe Ele vem nos visitar Sarava o seu terreiro Sarava seus Orixás |
BABALAÔ
Auê babá, babá é de orixá Auê babalaô, babalaô é de orixá |
BABÁ
Embala eu babá, embala eu Embala eu babá, embala eu Sarava (orixá chefe) Salve a todos orixás Sarava nossa babá Com as forças de Oxala |
Nesta pontos para celebrações |
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Batizado Jesus batizou João João batizou Jesus Em nome de Oxalá (nome do caboclo) vai lhe batizar Nas água do rio Jordão Xango de Agodô Em nome de Oxalá ( nome do caboclo ) lhe batizou |